sábado, 2 de janeiro de 2010

Cantinho kitsch da música portuguesa #2 - Edição Natal (atrasada, mas ainda falta o dia de Reis)


     Quem ouviu esta música na altura em que esteve na moda, de certeza que se recorda da mesma. Quer queira, quer não, porque a sua letra e sonoridade ficam gravadas de forma indelével na nossa mente. Mas não há melhor para nos relembrar a motivação religiosa subjacente ao Natal.




José Cid - "Amar Como Jesus Amou"

Um dia uma criança me chamou
Olhou-me nos meus olhos a sorrir
Caneta e papel na sua mão
Tarefa escolar para cumprir
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz?

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz

Ouvindo atentamente, ela me olhou
E disse que era lindo o que eu falei.
Pediu que eu repetisse, por favor,
Que não dissesse tudo de uma vez.
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz ?

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz

Depois que eu acabei de repetir
Seus olhos não saíram do papel
Toquei na sua cara e a sorrir
Pedi que ao transmitir fosse fiel
E ela deu-me um beijo demorado
E ao meu lado foi cantando assim

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz

    Notamos que o mundo é um lugar diferente quando a primeira coisa em que pensamos ao ver José Cid  rodeado de criancinhas, uma delas ao seu colo, é na Casa Pia.

    O que muita gente não sabe, é que José Cid não foi um pioneiro apenas na música popular portuguesa. Muito antes de se ouvir falar em revistas como a FHM, o artista nacional por excelência, surpreendeu o país com um arrojado "ensaio fotográfico"  para a revista Nova Gente. O Alexandria deixa aqui uma prenda de Natal tardia às suas leitoras (e leitores se for caso disso. Por estas bandas não julgamos ninguém). Bom proveito!



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