quarta-feira, 25 de março de 2009

Os direitos do leitor (Daniel Pennac)

O direito de não ler.
O direito de pular páginas.
O direito de não terminar um livro.
O direito de reler.
O direito de ler qualquer coisa.
O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
O direito de ler em qualquer lugar.
O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
O direito de ler em voz alta.
O direito de calar.

A sorte somos nós que a fazemos

"O parto foi tão rápido, que o recém-nascido teve, como primeiro berço, um tapete, onde havia cenas guerreiras desenhadas. O facto parece lendário e...verdadeiro. Que é a verdade senão uma lenda? Interessante imaginar a influência desse episódio, talvez da Ilíada, no destino do Herói... As coisas mortas, ao contrário de certos vivos, podem influir animadamente. Aquele desenho, sob o primeiro olhar da criança, penetrou no seu íntimo, região brumosa em que jazia, adormecida, a sua personalidade, à espera da primeira luz para acordar."

"Napoleão"
Teixeira de Pascoaes
Assírio e Alvim, 1989, pág.19

Uma ideia para todos os pais que, quando o filho for grande, querem que seja o próximo Cristiano Ronaldo. É só arranjar uma mantinha com um poster de uma teúda e manteúda famosa, bijutaria brilhante q.b., e uma bola de futebol. Mal a criatura seja cuspida cá pra fora, pousar levemente sobre a mesma. Depois, é deixar as forças do destino trabalharem. Se a fortuna sorrir, é-se obrigado a desistir da carreira profissional quando o fenómeno fizer 17 anos, para o ajudar a gerir a carreira. O que não se faz por um filho.

Ponto de partida

«As opiniões são como os orifícios corporais. Toda a gente os tem