segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tão amigos que eles eram...


   Francisco José Viegas falou sobre a obrigatoriedade de pedir factura sob pena de coima, e a sua opinião ganhou a dimensão de notícia por ter usado a expressão "tomar no cu". FJV tem toda a razão no que escreve. Trata-se se uma medida absurda, abusiva, intimidatória, e muito provavelmente inconstitucional. E de facto, dá vontade de mandar para aquela parte. Não que surpreenda, porque vem no seguimento da postura coerente de prepotência e moralismo que tem caracterizado a ideologia deste governo. Governo do qual FJV fez parte até recentemente enquanto Secretário de Estado da Cultura, tendo saído por "razões de saúde"

  Nem por isso perde qualquer legitimidade para criticar medidas do mesmo, mas nos termos em que o fez, perdeu uma bela oportunidade de ficar calado. Mas fique descansado, fica a declaração pública em como não tem nada a ver, e é bem melhor do aquela corja (ainda que até recentemente fosse a sua), e que é directo e castiço como se gosta, ora pois se até fez a referência ao bordel. Mas Sr. Ex-Secretário de Estado da Cultura, e desde já pedindo desculpa pela minha grosseria, siga o seu próprio conselho. Porque enrabados andamos nós a ser há dois anos, e nem sequer me levou a jantar antes.
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"Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar «fiscalizar-me» à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência."

"Uma vez por outra, o Estado podia meter-se na sua vida e dar algum exemplo de sensatez – mas, toda a gente sabe, isso é superior às suas forças. Agora, é a questão das faturas (...)"

  Francisco José Viegas no Origem das Espécies a 14/02/2013.